Sobre os Biorresíduos

Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, biorresíduos são os resíduos biodegradáveis de jardins e parques, os resíduos alimentares e de cozinha das habitações, dos escritórios, dos restaurantes, dos grossistas, das cantinas, das unidades de catering e retalho e os resíduos similares das unidades de transformação de alimentos.

No âmbito do projeto, optou-se por chamar a estes materiais “Sobras”, pois têm valor, e devem ser aproveitados para benefício da comunidade.

Biorresíduos
ramo com folhas

Vantagens para sociedade

De um modo geral, 40% a 50% das componentes dos resíduos indiferenciados são materiais orgânicos que poderiam ser valorizados e assim, desviados de um destino final cada vez mais problemático, que é o aterro sanitário.

Ao compostar a matéria orgânica que se produz em casa ou no jardim, a sociedade tem como benefício a obtenção de um produto excelente para adubar o solo usado na agricultura, horticultura e jardinagem.

O Município disponibiliza a quem adere ao projeto, um pequeno balde castanho para ter na sua cozinha, para separar, diariamente, orgânicos de preparação das refeições, alimentos que já não são próprios para consumo e sobras de refeições.

Não misture outro tipo de resíduos, se o fizer irá contaminar os materiais orgânicos separados na sua casa assim como todos os outros, depositados pelos seus vizinhos, no contentor castanho da sua rua.

Adoção de novos estilos de vida

Mudar para um estilo de vida mais sustentável e saudável é bom sob todos os aspetos: ao nível económico, ao nível do ambiente, ao nível social e ao nível pessoal.

Para isso acontecer é preciso agir e fazer escolhas positivas e conscientes, e encontrar novas formas de nos relacionarmos com o ambiente e com as outras pessoas.

Pode começar por se informar sobre as suas opções e escolher as que melhor se adaptam ao seu caso e, a pouco e pouco, fazer as mudanças que lhe forem favoráveis.

Comece a agir hoje e verá que pode ter boas surpresas.

Recolha seletiva de sobras alimentares

A recolha seletiva de sobras alimentares é um processo que envolve a separação e recolha de resíduos alimentares específicos, a fim de promover a sua gestão e tratamento adequados.

O objetivo é reduzir o desperdício de alimentos e, ao mesmo tempo, direcionar os que sobram para atividades mais sustentáveis, como a compostagem ou a produção de energia.

Descrevem-se abaixo as principais ações no âmbito da recolha seletiva de sobras alimentares:

Separação: nesse processo, as sobras de alimentos são separadas de outros resíduos, na sua origem, como em residências familiares, hotéis, restaurantes, escolas, ou instalações comerciais e industriais.
Recolha seletiva: Após a separação, as sobras alimentares são coletadas em recipientes específicos, geralmente contentores ou caixas designadas para alimentos orgânicos.
Tratamento: as sobras alimentares recolhidas podem ser tratadas de várias maneiras. As opções comuns incluem a compostagem, que transforma os resíduos em composto orgânico, rico em nutrientes para uso agrícola, ou a digestão anaeróbia, um processo que converte os resíduos em biogás e fertilizantes.
Redução do desperdício: a recolha seletiva de sobras alimentares é uma parte importante das estratégias de redução de desperdício de alimentos, uma vez que permite aproveitar resíduos que, de outra forma, seriam depositados em aterros sanitários. Essa ação tem benefícios ambientais, económicos e sociais, incluindo a redução da emissão de gases com efeito de estufa, a conservação de recursos naturais e o apoio a programas de segurança alimentar.
Sensibilização: Além da implementação de programas de recolha seletiva de sobras alimentares, é fundamental educar a população sobre a importância da redução do desperdício de alimentos e da reciclagem de resíduos orgânicos.

A recolha seletiva de sobras alimentares desempenha um papel fundamental na transição para um sistema mais sustentável de gestão de resíduos e na promoção da consciência coletiva sobre o impacto ambiental do desperdício de alimentos.

Sabia que...

A produção diária de resíduos faz parte do dia a dia de cada família, mas o descontrolo dessa produção é um problema. São produzidas, anualmente 2 toneladas de resíduos por família e o seu destino (normalmente o aterro) está sobrelotado.

Isto quer dizer que para a população do Montijo, temos cerca de 27 mil e quinhentas toneladas de lixo produzidas por ano para tratar, que ocupam 57 mil metros cúbicos, o equivalente a um campo de futebol com, aproximadamente, a altura de um prédio de 2 andares! Ou 1714 contentores marítimos transportados anualmente e despejados em aterro.

Se nada fizermos, em 10 anos, este mesmo campo de futebol atingirá uma altura de, aproximadamente, um prédio de 20 andares.

A mudança é essencial e começa por cada um de nós.

Reduza o desperdício, economize recursos e participe!